Uma dose de natureza.

Ana Read
5 de set.
2 min de leitura

Atualizado: 7 de set.

Quando voltamos das férias, passamos, sem dar por isso, mais tempo “lá dentro”.

Dentro de casa. Dentro do carro. Dentro de reuniões. Dentro da cabeça.

Sem nos darmos conta, esquecemo-nos de passar tempo ao ar livre. Guardamos esses momentos para um fim de semana, quem sabe mais à frente no tempo, e vamos nos fechando entre quatro paredes. Cada vez mais tempo.

A maior parte de nós não sabe que nos falta alguma coisa. Mas falta. E o corpo sente.

Existe um nome para isso: Nature Deficit Disorder. Um termo criado por Richard Louv para descrever o que acontece quando as pessoas, e sobretudo, as crianças, passam demasiado pouco tempo em contato com a natureza.

Resultado? Ansiedade, déficit de atenção, cansaço crónico e um mal-estar que nem sempre sabemos explicar.

Quantas “doses de natureza” precisamos então? Os estudos dizem que pelo menos 2 horas por semana em contato direto com um espaço natural podem fazer toda a diferença na nossa saúde e bem-estar.

A boa notícia? Não tens de ir para a floresta todos os dias. Podes fazer isso em pequenas doses ao longo da semana. Esta é uma prática que tenho seguido e é tanto mais eficaz quanto mais intensa é a minha semana.

Já te perguntaste por que escolhes o lugar à janela?

Num restaurante, num transporte ou no escritório, esse é, por norma, o lugar mais apetecível.

Sem nos darmos conta, procuramos instintivamente a luz do sol, o som da água, o verde das plantas. Porque, de forma profunda e ancestral, o nosso organismo reconhece que esses ambientes nos fazem bem — ajudam a regular o ritmo cardíaco, a reduzir o stress, a melhorar o humor e aumentar o foco.