Há períodos mais intensos e em que quando mesmo com muitas respirações a coisa não vai lá, no que toca a sentirmo-nos equilibrados ou com as doses certas de energia.
As tarefas da semana nem são assim tantas ou tão complexas, mas nesses dias andam mais pesadas, arrastam-se connosco e tiram-nos energia.
Nestas fases costumava martirizar-me, ser inflexível com os horários e forçar-me a produzir, "manter a disciplina" dizia eu (vão lá dizer a uma árvore para dar frutos todo o ano)
O descarte era apenas psicológico, porque na prática não descartava grande coisa e os pendentes continuavam a acumular-se.
Agora, quando sinto que estou numa dessas fases acredito que vai passar, passa sempre. Os dias com imensa energia, manhãs poderosas de impulso e uma orgulhosa colecção de check's na list vão voltar.
Aceito e rendo-me à evidência de que não está na nossa natureza andar sempre a mil, que há e sempre vão haver momentos destes, e que se prestar bem atenção até começo a entender a ciclicidade dos mesmos.
Os sintomas são vários: falta de clareza, dificuldade em manter a organização (do espaço, dos horário, das rotinas), irritabilidade, ausência de impulso criativo ou mesmo indolência.
Nestas fases o que realmente funciona comigo:
🌱 Acordar sem despertador; quando for será
🌱Particar o slow morning(ismo); duche lento, um café ou mate ao ar livre com muuuito tempo, tratar das plantas, passear o cão, imaginar uma história, e por aí fora...
🌱 Não forçar; o que como, o que faço, com quem estou ou deixo de estar
🌱Desligar notificações ou deixar o telemóvel em casa (tanto a dizer sobre isto)
🌱 Aumentar os níveis de flexibilidade, em tudo; com as tarefas, os horários, as pessoas, as opiniões (minhas e dos outros)
Em breve vai voltar a vontade de madrugar, mexer o corpo, tomar um banho de água gelada, ter tudo feito muito antes do pôr do sol e ainda inventar!
we are nature 🌿
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